Fatos e Ficções

LÍNGUA PORTUGUESA

sábado, 19 de julho de 2008

AMANHÃ

Lembro-me de uma vez em que, quando eu tinha meus 13 anos de idade e depois de ter sofrido o que eu achava que seria a maior decepção da minha vida, me tranquei no quarto, entre lágrimas, achando que a vida tinha acabado. Me larguei na minha cama.

Depois de algum tempo cultivando a mais sincera auto-piedade e o desejo de por um fim à minha miserável existência, consegui empreender o esforço supremo de ligar o rádio. E no exato instante em que o fiz, se iniciava a introdução instrumental de uma das mais belas canções que eu jamais conheci.

O amanhã é a renovação do Agora que nunca cessa. Descobrir a possibilidade desse amanhã como uma realidade sempre presente, a renovação que nunca deixa de acontecer; saber que o Sol vai se pôr, hoje, levando com ele todos as dores e resquícios, e ressurgir amanhã com um novo e perfeito dia, um novo renascer com novas oportunidades para recomeçar e ser feliz... Ah, como isso é bom e necessário!

O porquê da minha grande decepção, a razão do meu desespero, naquele dia, disso eu não me lembro mais. Mas dessa música eu nunca mais esqueci.




"Amanhã,


será um lindo dia, da mais louca alegria;

que se possa imaginar.


Amanhã,

redobrada a força,

pra cima, que não cessa, há de vingar.


Amanhã,

mais nenhum mistério.

Acima do ilusório,

o Astro Rei vai brilhar.


Amanhã,

a luminosidade,

alheia a qualquer vontade,

há de imperar.

Há de imperar. Amanhã.


Amanhã,

está toda a esperança,

por menor que pareça,

existe, e é pra vicejar.


Amanhã,

Apesar de hoje,

será a estrada,

que surge pra se trilhar.


Amanhã,

Mesmo que uns não queiram,

será de outros que esperam

ver o dia raiar.


Amanhã,

ódios aplacados,

temores abrandados,

será pleno.

Será pleno..."



Guilherme Arantes


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terça-feira, 8 de julho de 2008

PORTA ABERTA

O nome é Luka



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sexta-feira, 4 de julho de 2008

MACHADO DE ASSIS, O GRANDE

Machado de Assis foi, para muitos, o maior dos escritores brasileiros. Influenciou e continua influenciando novos escritores.

Quando iniciei meus estudos literários acreditava que havia um certo exagero quando se falava em Machado, mas quando começei à aprofundar meus estudos vi que ele foi um escritor por excelência, seus textos são muito bem escritos, que por sua vez vai cativando o leitor em cada página, em cada relato, em cada descrição dos personagens...

Para quem quer conhecer um pouco mais de Machado, segue uma pequena biografia:

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude.

A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sútil e o estilo é preciso, reticente.

Um dos romances que eu sempre releio é Dom Casmurro, e a cada leitura eu fico mais confusa, porque eu quero descobrir o que realmente aconteceu, com os personagens Bentinho, Capitú e Escobar, mas ainda não consegui desvendar o segredo de Machado, e talvez nunca descobrirei.



Frases Machadianas:


"Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar".

"Está morto: podemos elogiá-lo à vontade".

"Há coisas que melhor se dizem calando".



Fonte: Releituras.Com


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